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Tangas Lésbicas

lésbicas de tanga na tanga - em busca do seu passo doble perfeito - desfiando as linhas que cosem as tangas - que nos devolvem envolvem - pingas que tingem a linha da tanga - todas as tangas são iguais - mas estas são as melhores - tangas lésbicas

Tangas Lésbicas

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eu vou, eu vou, ao mira pride eu vou...

- Onde é que a menina vai, assim aperaltada?
- Vou para o Mira Pride.
- Não esteve ainda o fim-de-semana passado no Porto Pride?
- Estive. Mas ainda há este e eu não quero deixar de participar.
- E a seguir, para onde é que vai orgulhar-se?
- Para lado nenhum, espero, que ando absolutamente estourada com todas estas festas.
- Bem pode andar. Não há fome que não dê em fartura. Ainda aqui há meia dúzia de anos revirávamos tudo para arranjar quem fosse ao Pride em Lisboa. Agora, dá-se um passo e descobre-se uma festa nova.
- Não me diga que agora deu em criticar-nos pelo excesso, como os que ralham connosco porque não precisamos de nos exibir e que está tudo bem se tirarmos os excessos?
- Não, pelo amor da santa. Vá lá ao Mira Pride e com a minha bênção...
- Não quer vir?
- Nem pensar. Vá a menina, que eu fico aqui a descansar as pernas em frente à têvê e sempre me protejo melhor dos calores em casa.
- A que calores se refere?
- A esses que a gente sente com as pikenas todas à nossa volta, de mãos dadas, a passar-nos pela esquerda e pela direita, a agitar bandeiras e cartazes, “olha as cores do arco-íris, é pró menino e prá menina”, mais as trocas de números e as combinações para a noite. Ai, que até fico mareada...
- Veja lá se quer que eu a atire pela borda fora para lhe passarem os calores...
- Não seja mazinha... Se ainda agora lhe confessei que não vou e por que razão...  O que é que a menina pode ter contra mim? Afinal, quem é que vai para o Pride com um top com coraçõezinhos lilases agarradinhos uns aos outros?
- Mas eu não sofro de calores, como certas descaradas que eu cá sei.
- Nem podia, minha querida, nem podia. Como é que se pode ter calor com roupa que mais parece do recato da praia do que da agitação manifestante?
- Está a dizer que vou muito despida?
- De forma alguma, menina, de forma alguma. Só estou a constatar o facto de que vai a contar com o calor humano da marcha.
- Ai os ciúmes...
- Se há coisa que não sou é ciumenta. Mas também não nasci jumenta...
- Está a insinuar que vou para lá pavonear-me para as outras?
- Insinuar? Eu? Não, nem pensar. É um simples aviso à navegação, meu amor. E já que falamos nisso, como não vou consigo, arranjei-lhe companhia.
- Não é preciso. Vou muito bem sozinha.
- Nem pensar, minha querida. Despache-se que elas devem estar a chegar.
- Elas? A quem se refere???
- Às nossas queridas amigas do terceiro andar.  Nem precisa de levar o carro que elas dão-lhe boleia.
- As do terceiro andar? Aquelas com quem a menina não gosta nem de ser vista?
- Ai que hoje deu-lhe para a má-língua... São moças excelentes, companhias perfeitas para um Pride. Vá por mim que eu sei o que digo.
- Pois sabe. Vai com certeza fazer-se uma clareira de vários metros à minha volta, com esses dois cães de fila ao meu lado.
- Ai que desbocada... Até parece mal, começar a discriminar ainda antes de sair de casa. Afinal de contas, para que se dá ao trabalho de se manifestar? Não é para combater a discriminação?
- Eu dou-lhe a discriminação! Que grande lata...
- Depois, minha querida, depois, que são elas agora a tocar à campainha. Divirta-se...

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