crónicas do maravilhoso sexo lésbico (II)
- Então, isso sai ou não sai?- O quê?
- Essa crónica.
- A menina não me stresse...
- Eu?!? Acho que é mais esse tema absurdo que a menina escolheu para debitar no blogue.
- Absurdo? Por que lhe chama absurdo?
- Porque o sexo lésbico não me parece assim tão diferente do resto do sexo e acho absurdo que a menina fique para aí às voltas a perder tempo com o tema.
- Em primeiro lugar eu não acho que o sexo lésbico seja tão idêntico ao resto do sexo como a menina diz. Depois, não acho nada de absurdo em tentar pensar no que hei-de atacar primeiro.
- Atacar? Credo... Mas o que é que a menina quer atacar exactamente? Até o termo arrepia...
- Acho que o que arrepia é o sexo na generalidade. De bom ou de mau, mas arrepia sempre.
- Bem, nisso estamos de acordo. Mas diga-me lá qual é o seu problema. Talvez eu possa contribuir com alguma coisa útil.
- Ora bem: pensei em começar com o delicado mas imprescindível tema da masturbação.
- Ai meu deus...
- Vê? Até a menina se arrepia. E não é por bem.
- Mas isso sou eu. Há-de haver quem se arrepie de outra forma.
- Claro que há. Mas pus-me a pensar: quantas das minhas amigas me falaram alguma vez de masturbação? Não em termos gerais, assim como se estivesse a debater o tema numa tertúlia, percebe? Tipo: olha, eu sempre me masturbei e ainda hoje não passo sem isso. Ou: detesto masturbar-me, nunca gostei, nem gosto que me falem nisso.
- Quantas?
- Duas ou três no máximo. Nem as minhas namoradas gostam de falar nisso.
- Olhe, a propósito, não conte comigo.
- Vê? E piora se eu me puser para aqui a conjecturar sobre quantos pais terão falado de facto na masturbação aos filhos e filhas.
- Ai que a menina hoje está de um exagero...
- Não estou nada. Está a ver como é difícil tocar neste assunto?
- Ainda se a menina falasse em tocar noutras coisas...
- Sim? Como o quê?
- Estou a sugerir veladamente que talvez haja outras formas de ocupar o seu tempo...
- Pronto... Agora não quer que eu escreva? É isso?
- Não não é. A menina hoje está um pedacinho lenta, não está?
- Explique-se, se não se importa.
- Está bem, eu explico. Tem exactamente dois minutos para fechar essa máquina e se pôr a andar para o quarto à minha frente. Fui suficientemente clara?
- Mais do que suficiente. Já podia ter dito...