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Tangas Lésbicas

lésbicas de tanga na tanga - em busca do seu passo doble perfeito - desfiando as linhas que cosem as tangas - que nos devolvem envolvem - pingas que tingem a linha da tanga - todas as tangas são iguais - mas estas são as melhores - tangas lésbicas

Tangas Lésbicas

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tangas de outros blogues

- Está ocupada?

- Estou, mas tenho sempre um bocadinho para si.

- Ui, quando diz isso até as pestanas se me arrepiam...

- Deve ser por isso que estou a ver pele de galinha nos seus olhos...

- O quê?!?...

- Pronto, estava a brincar consigo. Não precisa de ir a correr para o espelho.

- A menina nem sabe o susto que me pregou.

- Sei sim...

- Pronto, pronto, eu perdoo-lhe. Quer saber o que eu tinha para lhe dizer?

- Claro. O que era?

- Li uma coisa muito interessante. Aqui.

- O homem da relação? Que giro. Olha que forma tão simples e esclarecedora de desmontar um mito masculino a propósito das lésbicas.

- Foi o que achei. As mulheres também incorrem na mesma parvoíce, mas eles é que o inventaram, não vá o falo cair em desuso por falta de necessidade.

- Muito bem apanhado, sim senhora.

- Merece uma distinção. E já estou a pensar na Tanga Particularmente Lésbica.

- Não podia estar mais de acordo. Mas, já agora, houve uma outra intervenção que adorei. Veja aqui.

- Por que não? Adorei. Sim, merece a Tanga de Cortar a Respiração

- Sem dúvida.

- Já agora, que vem aí o Dia das Bruxas, vamos aproveitar para anunciar as Tanga das Bruxas. Que acha?

- Olhe que rica ideia. Vai pedir às meninas que publiquem de propósito para o Dia das Bruxas?

- Vou. E depois cada uma delas tem de votar numa. Quem receber mais votos das suas pares ganha a Tanga das Bruxas.

- Parece-me muito bem. Venha de lá essa inspiração.

 

 

(O post enviado vai ter direito a prémio enviado pelo correio para a autora ou autoras do blogue vencedor)

 

 

 

de tanguinha...

- Hoje acordei com saudades suas...

-  A sério?

- Muito a sério.

- É por isso que ainda não tenho aqui o meu tabuleiro do café com torradas, biscoitos e sumo?

- Não...

- Não? Mas não vejo aqui nada...

- Isso é porque o pequeno-almoço hoje é diferente.

- Sim? Como?

- É surpresa.

- Hum... Gosto de surpresas. Estou à espera...

- Deixe-me pôr-lhe isto primeiro.

- Uma venda? Não sei se acho boa ideia...

- Tem de confiar em mim. Sim ou não?

- Bem... Sim!

- Óptimo. Agora vou ajudá-la, está bem? Não quero que vá contra os móveis. Apoie-se em mim.

- Para onde me leva?

- Não seja impaciente. Disse-me que confiava em mim.

- Pois foi.

- Pronto, já cá estamos.

- Posso tirar a venda?

- Não, não. Hoje está a ter uma experiência sensorial sem usar os olhos. Com eles vendados vai ter de sentir ainda mais tudo o que se passa à sua volta. Quer continuar?

- Claro, amor. Mas... o que me está a fazer?

- Estou a despi-la, querida. Não é novidade para si, mas hoje está a ser diferente, não é?

- Hum... Muito agradável. Pode continuar...

- Agora descontraia-se.

- Estou muito descontraída.

- Óptimo.

- O que é isso?

- Óleo perfumado. Gosta?

- Sabe bem, assim espalhado pelas suas mãos... Já lhe disse que tem umas mãos óptimas?

- Sim, amor. São só para seu uso exclusivo.

- É sempre bom ouvir isso, querida. Continue que estou a adorar...

- Não se preocupe. Temos o dia todo e eu ainda agora comecei.

- Ainda está com saudades minhas?

- Isso é um estado que não me passa, amor.

- Tenho reparado nisso.

- Só precisamos de nos lembrar todos os dias disso, para não nos distrairmos e não perdemos a noção do quanto gostamos.

- Concordo, amor. A menina nunca mo deixa esquecer.

- Dou o meu melhor e sinto que faz o mesmo.

- Mima-me demais... E agora, que me vai fazer?

- Chegue-se para aqui. Vou ajudá-la a levantar a perna, assim. Baixe agora.

- Hum... Banho quente... Hum...

- Ajudo-a a sentar-se. Não quero que escorregue.

- Está bom, amor. Ai que delícia... Não se junta a mim?

- Claro amor. É já. Só falta uma coisinha... Volto já e não quero que tire a venda.

- Prometido é devido, não se preocupe.

- Já está. Foi rápido, como vê.

- Pois foi. Entre, ande.

- Pronto. Dê-me a sua mão.

- O que é isto? Café? Que cheirinho...

- Tem o tabuleiro à sua frente, por isso, tenha cuidado. Vou-lhe passando tudo, não se preocupe.

- Que maravilha... Pequeno-almoço na água, servido por si. O que é isto?

- Um scone com manteiga. Que tal lhe parece?

- Delicioso.

- Experimente misturar com isto.

- Morango? Hum... Que delícia, amor.

- Ainda bem que gosta.

- Melhor, só a menina, é um facto.

- Mima-me com esses elogios todos.

- E a menina com estas surpresas maravilhosas.

- Quer um bocadinho de sumo?

- Quero tudo a que tenho direito. E ainda mais uma coisinha.

- Diga. Hoje é o dia das suas vontades.

- Ai é? Posso pedir, então?

- Pode. Estou por sua conta.

- Óptimo. Quer ser a minha sobremesa?

- Ai...

 

as verdadeiras tangas

- A menina lembra-se da R.?

- A que está lá mais para norte?

- Essa mesma. Sabe que ela foi a Portugal de férias?

- A menina disse-me, sim.

- Não imagina o que lhe aconteceu...

- Pois não. Mas a menina vai contar-mo, não vai?

- Vou, vou. Ou não quer ouvir?

- Claro que quero. Quando me propus viver consigo devo ter assinado um contrato qualquer com umas letrinhas pequeninas a dizer que tinha de ouvir as suas histórias todas, ou arriscar-me a uma quebra contratual grave com contornos de crise conjugal de nível 8.5 na escala de um Ritcher qualquer das relações...

- Ai, deixe-se de brincadeiras. Quer ouvir a historia da R. ou não?

- Claro que quero. Diga lá.

- Lembra-se da namorada espanhola que ela teve?

- A que morreu?

- Essa mesmo. Meteu-se-lhe na cabeça ir até à aldeia dela, perto de San Sebastian, para ir visitar a campa dela ao cemitério.

- É um pouco tétrico para o meu gosto, mas há pessoas que encontram nisso algum sentido. E depois?

- Depois, foi mesmo e não encontrou campa nenhuma com o nome da outra.

- Enganou-se no cemitério? Na aldeia?

- Não. Andou por lá a indagar e ia tendo um baque surdo com o que descobriu.

- E o que foi?

- Uma das vizinhas da família da rapariga acabou por lhe dizer que ela não tinha morrido e que estava internada num hospital próximo.

- A sério?!?

- Seríssimo. Ia-lhe dando uma coisinha má.

- Calculo... E que fez ela?

- Meteu-se no carro e foi ao tal hospital. Deu a volta à enfermeira que lá estava e conseguiu que a deixasse fazer-lhe uma visita.

- E era mesmo ela? A que morreu?...

- Era. Tetraplégica, ou lá o que é. Diz que a reconheceu pelos olhos, porque está completamente diferente, depois destes anos todos. E que percebeu que a outra também a reconheceu.

- Que história...

- É verdade. Esteve a falar com ela. A outra não lhe respondia, mas diz que lhe vieram as lágrimas aos olhos e tudo. Pediu-lhe desculpa, disse-que que não sabia, que lhe tinham dito que ela tinha morrido.

- Parece uma história de telenovela...

- Pois é. Mas é verdade. Disse-lhe que continuava a gostar muito dela e que tudo teria sido muito diferente se soubesse que ela estava viva. Que continuava a ser o grande amor da vida dela, mas que agora tinha refeito a vida e que provavelmente não voltaria lá. Que se lembraria sempre dela e essas coisas.

- Que coisa... Que história. A família da outra enganou-a durante estes anos todos...

- Pois foi. Foi a forma mais simples de se livrarem da 'namorada' incómoda. E ela nunca pôs isso em questão, depois do acidente de carro que tiveram. É terrível, não é?

- É realmente terrível o que as famílias continuam a poder fazer nestes casos. Mesmo que, na altura, ela se tivesse apercebido de que a namorada estava viva, o mais provável é que a tivessem impedido também de estar com ela.

- Teria sido muito duro também, mas pelo menos ela saberia a verdade e poderia ter escolhido lutar ou não pela relação delas.

- A verdade é sempre melhor, mesmo quando não conseguimos o que queremos. Pelo menos, temos hipóteses mais justas.

- São histórias destas que me apetece contar quando as pessoas dizem que não vão às paradas e às marchas do orgulho porque não estão para palhaçadas. A verdade é que são essas ditas 'palhaçadas' que nos permitem as poucas vitórias legais que já alcançámos.

- É verdade e nunca é demais lembrar isso. Agora chegue-se para cá, que essa história pôs-me o cabelo em pé.

- A mim também.

 

(Esta história é real e não apenas uma das muitas ficções narradas neste blogue. Passou-se na última semana, entre Lisboa e San Sebastian.)